Minhas reflexões em forma de crônicas...
Entrei no Magistério na época em que a novela “A viagem” estava no ar. A história baseava-se na doutrina espírita que acredita na reencarnação. Segundo seus seguidores, morremos e renascemos para restaurarmos nossas maldades, injustiças, mentiras, enfim, temos que arcar com as conseqüências dos pecados práticos em vidas anteriores. Devido a essa filosofia, surgiram comentários gozadores e autodepreciativos: “Se uma pessoa tem como profissão ser professor significa que na vida passada ela foi extremamente má e precisa evoluir muito no sentido espiritual. O jeito mais rápido de pagar seus pecados é entrando numa sala de aula. Agüentar os alunos e ser humilhado pelo salário que recebe é um verdadeiro castigo.” Alguns, ainda acrescentavam: “Coitado de quem ministra aulas de matemática! Esse não consegue evoluir. Terá que reencarnar como professor de Educação Religiosa.”
Sabemos que um músico pode fazer da própria vida um inferno, acabando com a harmonia interior. Temos certeza de que um professor tem condições de vivenciar o Paraíso antes da “passagem definitiva”, afinal, já existem anjos ao seu redor. Tudo depende das concepções adquiridas, dos objetivos traçados e da crença na sua capacidade de amar e de agir em favor do próximo.
Entender o lado divino da música é fácil. Há cultos religiosos onde os fiéis passam a maior parte do tempo cantando e dançando discretamente. É assim que seus corações são tocados pela presença do Senhor Todo-Poderoso! Quando escolhemos ouvir nossas músicas prediletas, nos damos o prazer de nos encontrar, esquecendo as crueldades e violências da rua. Em todas as fases da vida, especialmente na juventude, curtimos os diversos tipos de música, porque isso faz bem para nossa mente.
Quando eu me sentia envolvida pela magia de uma música, imaginava o quanto poderia ser feliz se tivesse nascido com o dom de tocar habilmente um saxofone ou de encantar com uma linda voz, emocionando as platéias do mundo. A esplêndida beleza sonora, intrínseca nessa arte, fez-me suspeitar que os artistas da música “não têm carma ruim”: eles seriam exemplos de pessoas perfeitas aos olhos de Deus. Não me refiro a qualquer cantor de banda, compositor, baterista ou pianista. Falo daqueles que mesclam sua alma com as canções que executam, exteriorizando a complexidade dos sentimentos inerentes às criaturas vivas.
Entrei no Magistério na época em que a novela “A viagem” estava no ar. A história baseava-se na doutrina espírita que acredita na reencarnação. Segundo seus seguidores, morremos e renascemos para restaurarmos nossas maldades, injustiças, mentiras, enfim, temos que arcar com as conseqüências dos pecados práticos em vidas anteriores. Devido a essa filosofia, surgiram comentários gozadores e autodepreciativos: “Se uma pessoa tem como profissão ser professor significa que na vida passada ela foi extremamente má e precisa evoluir muito no sentido espiritual. O jeito mais rápido de pagar seus pecados é entrando numa sala de aula. Agüentar os alunos e ser humilhado pelo salário que recebe é um verdadeiro castigo.” Alguns, ainda acrescentavam: “Coitado de quem ministra aulas de matemática! Esse não consegue evoluir. Terá que reencarnar como professor de Educação Religiosa.”
Sabemos que um músico pode fazer da própria vida um inferno, acabando com a harmonia interior. Temos certeza de que um professor tem condições de vivenciar o Paraíso antes da “passagem definitiva”, afinal, já existem anjos ao seu redor. Tudo depende das concepções adquiridas, dos objetivos traçados e da crença na sua capacidade de amar e de agir em favor do próximo.
Frei Betto diz, sabiamente: “Acredito que Deus, ao criar o ser humano, deu-nos algo mais que Seu amor e semelhança para que merecêssemos ser considerados sua imagem e semelhança: a música e a matemática. São coisas divinas. A primeira, por ser uma emanação espiritual, articulada pela cadência de vibrações sonoras na pauta do tempo, capaz de elevar ou deprimir nosso espírito, agitar ou relaxar nosso corpo. A matemática, por nos permitir captar a mente divina.”
Entender o lado divino da música é fácil. Há cultos religiosos onde os fiéis passam a maior parte do tempo cantando e dançando discretamente. É assim que seus corações são tocados pela presença do Senhor Todo-Poderoso! Quando escolhemos ouvir nossas músicas prediletas, nos damos o prazer de nos encontrar, esquecendo as crueldades e violências da rua. Em todas as fases da vida, especialmente na juventude, curtimos os diversos tipos de música, porque isso faz bem para nossa mente.
O grande desafio está em mostrar a beleza existente na Matemática, na Geografia, na História, nas Artes, na Sociologia, nas Línguas, etc. Como ver Deus nessas coisas? Como colocar o Ser Humano no Além, sem ter que morrer para isso? Captar a mente divina é complicado, mas temos que ser persistentes tentando “abrir nossas mentes humanas” para o exercício consciente da justiça e do amor.
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